sábado, 30 de abril de 2011

nós (?)




Eu queria tanto deitar meu olhar sobre o seu e encher seu coração de certezas.
Dizer todos os ‘sim’ que você tanto deseja ouvir, mas as minhas dúvidas não permitem que eu diga.
Fazer promessas de um amanhã mais bonito, feito de nós dois...
Claro que eu gosto. Se não gostasse, prometeria. E poderia chamar de meus os melhores sorrisos, o abraço mais reconfortante, e os beijos que me fazem tão bem.
Tem sido tudo tão bom, e confesso, dá aquela vontade de “para sempre”...
Mas ainda sim eu espero. E não falo, não decido, não sei o que quero...querendo tanto...
Esperando, com medo de perder, com medo de ter, com medo.
Mas só eu sei o bem que me faz te deixar ir, e ainda sim, ver você ficar...


[K]


Mas sabe o que é? Ele tem cheiro de encanto...



Só olhar para ele, sentar ao lado, ouvir a voz,
faz tudo ficar mais feliz.
Algumas pessoas simplesmente valem a pena.

[Tati Bernardi]

sexta-feira, 29 de abril de 2011

saudade.




O que se faz com a saudade quando ela é só nossa?
Quando acordamos querendo sem ter.
Quando a pessoa que tanto nos faz falta, está tão fora de alcance. Ou quando por falta de opção, ela não pode mais suprir a falta que nos faz?
Lembrança de um tempo que adoça a alma.
Saudade dói, uma dor que chega a ser física, um aperto no peito, um cansaço do agora, uma vontade de gritar, chorar, correr atrás.
Saudade. Dos verbos querer e sentir.
Do não ter.
Substantivo que vem dos dias mais lindos, dos momentos que ficam na cabeça da gente e grudam no coração.
Dos passeios na orla, do banho de mar, do Milk Shake compartilhado, das horas ao telefone...e dos momentos só nossos, que não podem ser contados, escritos, e nem esquecidos.
Dos dias longe, das noites bem perto.
De tudo que foi e passou tão rápido.
De tudo que não vai voltar. E que vai ficar.
Do que acabou e ficou com gosto de para sempre.
Saudades que às vezes quase passa. Quase vai embora. Saudade do que quase foi. E foi tão lindo.
Quero mandar um belo foda-se pra quem inventou a saudade.
E agora que a vida me chama, a coloco no bolso, molhada de lágrimas e (re)começo o meu dia, fingindo pra mim mesma que esqueci.


[K]


"São bem bonitas as tuas lembranças..." (O pequeno príncipe)



Agradecendo.




Hoje o dia acordou lindo.
E eu só quero agradecer.
Agradecer o suporte espiritual que tive nesse mês que termina com saldo positivo.
Porque enquanto eu colocava o choro em dia, eu não me senti sozinha. Mesmo estando sozinha muitas vezes, aparentemente.
Porque eu aprendi com os momentos ruins. Porque eu abri os olhos pro que me fazia mal. Porque eu conheci meu valor real. Porque eu redescobri em mim uma fé há tempos adormecida.
Fé que faz a diferença em cada passo que tenho dado, e cada decisão que tenho tomado.
Fé que me faz dormir em paz, tendo a certeza que o amanhã será melhor, porque vou colher o que tenho plantado hoje. 
Tenho mandado pro mundo as melhores energias e pensamentos. E conforme o que eu acredito isso volta, mesmo que demore.
Quero agradecer a paz. Paz que só veio depois que muitas coisas se foram.
E aprendi a não deixar mais entrar na minha vida nada que me faça perder essa paz.
E aprendi a deixar ir embora tudo que me faz mal. Desapego.
Estou fechada para as coisas ruins. E aprendi a me afastar de tudo que me suga as energias e mancha meus dias.
Agradeço a Deus, e ao plano espiritual pelo suporte, pelo ‘ombro’, pelo conforto.
Por tudo que tenho na vida. Pelas pessoas que ficaram. E sempre ficam. Pelos bons momentos que passei ao lado delas, e pelos tombos que me deixaram mais resistente as quedas.
Pelos sorrisos que ganho todos os dias do anjo mais lindo da minha vida.
Por todos os abraços que fizeram toda a diferença. E pela esperança que só se renovou.
Agradeço por ser a mulher que eu sou, e por saber viver o que eu falo e acredito.
Agradeço por tudo o que já passei, e me trouxe até aqui.
Pelo hoje e pelos dias que virão, onde terei a oportunidade de fazer com que sejam melhores do que os dias que já se foram.
Agradeço pela vida que eu tenho e por todos os sonhos que ainda carrego no coração.


[K]


"E que seja sempre doce. Amém."

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Quase 30.




Porque eu não quero mais, sabe?
Porque muita coisa mudou, e dizem que aos 30 as mulheres ficam com mais preguiça de tudo que não é incrível.
Eu cansei de noites em claro com quem não muda o meu dia.
Cansei de minutos ao telefone, com quem não diz exatamente o que eu preciso ouvir.
Não sei mais desperdiçar carinhos.
Não é qualquer mensagenzinha no celular que acelera meu coração.
E entre meu sofá e um gostosão sem cérebro... deito e durmo tranquilamente.
Não troco facilmente meus livros por uma noite suando na balada e uma madrugada fedendo a cigarro.
Aliás, homens que fumam eu risquei da lista. Os que dirigem bêbados também. E dos que não tem muita intimidade com a gramática, tô fora! Eu sei que a lista diminuiu consideravelmente. E as possibilidades de "desencalhar" também. Mas eu não faço questão de nada agora, sabe? Lembro que aos vinte eu sentia uma carência enorme quando ficava algumas semanas sem alguém...
Se uns acham que fiquei mais fria perto dos 30, eu digo que fiquei é mais seletiva. E o amor-próprio? Vai muito bem, obrigada! E admito, um amor cairia muito bem! Mas amor de verdade, sabe? Daqueles que transmitem paz só de olhar. Alguém que me aceite com todo o meu histórico de amores mal sucedidos, e minhas teorias malucas sobre o verbo amar.
Alguém de quem eu não precise mais do que a minha própria vida, mas que precise de mim pra vida inteira. Alguém só meu. E que não sinta necessidade de ser de mais ninguém. Não quero o cara sarado da academia, quero o cara de coração bem resolvido.
Não quero o cara perfeito. Só quero o meu cara.
E por isso eu espero, sabe? Sem procurar, porque isso me cansa demais. E eu ainda sou meio à moda antiga. Ser conquistada, pra mim, tem muito mais valor.
Eu ando naquela fase de me amar, pra saber ser amada depois. Eu ando me redescobrindo e me apaixonando por mim mesma. Tirei do baú os velhos gostos que sempre fizeram de mim uma boa companhia pra mim mesma. E vou vivendo. Não seguindo o fluxo das coisas. Vou vivendo do meu jeito, com as minhas manias, os meus livros, as minhas poesias, minhas músicas e meu sonho secreto de encontrar meu príncipe, mesmo que não seja tão encantado assim, e de finalmente, viver o meu “felizes para sempre”.

Porque a felicidade que eu tanto procurava nos outros, eu encontrei dentro de mim.


[K]

quarta-feira, 27 de abril de 2011

saber ser




Comer devagar. Se arrumar ouvindo música. Cantar.
Dançar sem cansar. Beijar com vontade. Abraçar apertado. Amar a noite inteira. Ler um livro. Copiar na agenda as frases mais lindas.
Não esquecer datas importantes. Distribuir sorrisos. Poetizar.
Poder lembrar-se dos bons momentos sem que doa. Nostalgia.
Oração. Sem demagogia. Viver o que diz. Falar o que condiz.
Torcer pela felicidade daqueles que amamos. E aceitar a felicidade daqueles que nos fizeram mal. Ser feliz. Por dentro. Sem precisar provar nada a ninguém.
Perdoar. Pedir perdão. Esquecer. Lembrar pra sempre.
Bem-querer. Perder algumas horas com futilidades. Saber separar quem vale a pena de quem nunca valeu um minuto da sua vida.
Amar e se deixar ser amada. Se amar, mesmo sem um amor. Viver o hoje. Acreditar no amanhã. Sorrir com o ontem.
Ser transparente. E aceitar o que é. Tentar corrigir os defeitos. E se orgulhar das qualidades. Elogiar quem merece. Aceitar elogios. Sorrir todos os dias. Chorar quando sentir vontade.
Tirar da vida as melhores coisas que ela oferecer. Aprender com as piores. E ser. Na essência. Na verdade. No olhar que fala. De alma tranquila e coração aberto.
E de consciência sempre em paz.


[K]

eu e o tempo.





Quase 30 e uma imensidão de perguntas.
Essa minha mania de esperar demais dos outros, faz com que eu admire tão poucas pessoas...
E minhas opiniões que variam a cada momento e me afundam em confusão e vontade de desistir. Queria parar de pensar um segundo. Mas em um segundo eu penso um turbilhão de coisas.
Se alguém me perguntar agora o que eu quero, eu vou dizer que não sei.
Sabe como é querer muito, mas não querer mais?
Me afundei em livros, músicas e poesia.
E mesmo lendo eu penso. Penso e cada vez quero menos.
Tenho lido um romance lindo, e tudo que é lindo me faz lembrar...
Como eu demorei tanto pra ‘descobrir’ Simone de Beauvoir?
“Não se nasce mulher: torna-se.”
Me tornei.
E não foram os momentos bons que me fizeram despertar pra dentro de mim.
Foram as quedas, e os recomeços.
Confesso que me orgulho de olhar pra trás e ver como encarei determinados momentos.
Eu nunca fui de esperar passar. Eu forço a melhora, eu me forço a sair do chão. Eu me recuso. Eu caminho, eu danço, eu escrevo, eu esqueço. E assim eu cresci.
Porque aos dois anos eu aprendi o que é perder. Acordar e ter que entender na marra que a vida segue e chorar não traz ninguém de volta.
Só eu sei a falta que eu senti. Só eu sei como doeu uma dor eterna.
Só eu sei o buraco que ficou e, apesar de muita gente ter tentado, ninguém conseguiu suprir essa falta. 
Algumas pessoas, definitivamente, não são substituíveis.
Todas as outras são. Isso eu também aprendi.
Então eu sigo, sabe? Admitindo que às vezes dói. Mas sempre passa.
E o aprendizado da vez (entre tantos) é que, mesmo de um jeito torto, certas coisas na vida têm prazo curto de validade. E outras, ficam pra sempre. De algum jeito, elas ficam. Seja de corpo ou seja de alma.


[K]

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sabe os anjos da terra?




Dona Rosa é senhora espiritualizada.
Já passou cada coisa nessa vida...
“Deus não dá fardos pesados pra ombro fraco, minha filha.”
Os seus fardos, Dona Rosa, eu não aguentaria carregar.
Viúva. Já perdeu dois filhos. Deus que me proteja.
“Não perdi minha querida, devolvi pra Deus. Mas eles continuam sendo meus.
Você tem tanta vida. Moça bonita, inteligente. Bola pra frente.
Acorda cedo, abre a janela! Café quentinho e pão com manteiga. Coisa boa da vida é café da manhã e filho brincando na sala. Ocupa a mente. Cuida da casa, rega as flores. Tem flor na sua casa? Tem que ter minha filha. Flores servem pra colorir e perfumar a vida da gente.”
Acho que nada abala dona Rosa. Deve ser por causa da fé que ela tanto fala.
“Fé não é dizer que acredita. Fé é acreditar, entregar pra Ele e não ficar cobrando da vida o que você pensa que é melhor pra você. Deus age no tempo dele, e não no seu. Então espera sabe minha filha? Mas espera vivendo, fazendo acontecer.”
Dona Rosa tem filhos, netos, casa cheia e comida boa que ela mesma faz. Dona Rosa tem mãos de fada, e casa perfumada e colorida de flor. Dona Rosa tem olhar sereno e passado que dói. Mas o presente é de paz.
Tem as palavras certas, e um abraço reconfortante.
Dona Rosa sabe da vida. Não tem medo de chuva, porque já atravessou tempestades.
Dona Rosa disse que vai ficar tudo bem. Tudo em paz.
Se a senhora diz, dona Rosa, eu me aquieto e acredito.


[K]

fragmento.



Solidão não existe.


:)

segunda-feira, 25 de abril de 2011




Escrevo para não me afogar nos sonhos e nos sentimentos que transbordam da alma e enchem o coração.




[K]

fragmento.







A arte de roubar sorrisos.






[K]

Que assim seja.







Que nunca me falte essa vontade de seguir, sem parar por muito tempo pra lamentar.
Que nunca me faltem os abraços apertados que tanto me acalmam durante as recaídas.
Que eu nunca fique sem meus anjos da terra, a quem costumo chamar de amigos. E que sempre que eles precisarem de mim, eu possa me fazer presente.
Que eu consiga sempre enxergar o tamanho do meu valor. 
E identificar rapidamente as pessoas que não merecem minha companhia.
Que eu nunca esqueça que pessoas melhores virão, e substituirão aquelas que nunca mereceram o lugar que ocuparam no meu mundo.
Mas ainda sim, que eu entenda que essas pessoas que me fizeram sofrer, entraram na minha vida pra que eu aprendesse a dar o devido valor àquelas que realmente merecem.
Que eu não desaprenda a amar. Que eu aceite ser amada.
Que eu não deseje o mal daqueles que insistem em me atingir, por capricho, insegurança e inveja.
E que eu desconheça essas medíocridades.
Que não falte música na minha vida. E que eu tenha ânimo pra dançar até o sol raiar.
Que eu durma pouco. Que eu viva mais.
E que eu seja eu. Verdadeiramente. Mesmo diante daqueles que não sabem ser quem realmente são.
Que eu saiba perdoar e esquecer. E seguir sempre em paz e de consciência limpa.
Que eu não magoe as pessoas. Que eu não seja magoada.
E que eu sempre encontre na minha vida, inspiração e motivos pra sorrir.
Que eu provoque sorrisos...
E principalmente, que nunca me faltem os sonhos...


Amém.


[K]


Boa semana pra nós. "Que seja doce." :)


fragmento.











Porque os tombos te deixam mais resistente às quedas.




[K]

domingo, 24 de abril de 2011

ela.




Fiquei mais de uma hora parada, olhando pra ela. E pude notar o quanto ela mudou, sem ao menos perceber, e não por causa da idade e do tempo, mas dos acontecimentos recentes.
Ela tinha marcas dos tombos que levou nos últimos meses, um olhar mais cansado, e perdido, que se agitava de repente, como se ela estivesse lembrando algo ruim, que a incomoda e machuca. Mas ao mesmo tempo, ela parecia mais tranqüila, e resignada aos problemas que a vida impõe, e apesar de tudo, alias, em função de tudo, ela passou a acreditar que o tempo realmente ensina a lidar com os problemas e até achar solução pra eles. Ela não era mais a mesma. Normal, eu sei. E bom também. Achei uma mudança positiva, apesar do medo que ela adquiriu, de confiar e se jogar nas coisas, como ela sempre fez.

Mas ela parecia estar em paz. Mais do que em qualquer outro momento da sua vida. Uma paz merecida e batalhada, que vem com o amadurecimento, o tempo e os tais tombos. Porque depois deles, poucas as coisas são capazes de tirar a paz de uma pessoa… Eu vi nela coisas que eu nunca tinha parado pra notar. Uma vontade absurda de fazer as coisas darem certo, de ser feliz, de fazer os momentos valerem. Vi menos confiança em si mesma, e menos confiança nos outros. Vi vontade e menos coragem. Vi receio e esperança. Vi a indecisão de sempre, agora com outros nomes.


E muitos, muitos sonhos, e palavras soltas!
Vi inspiração e um amor novo no peito.
Vi saudade que não passa, mas o tal amor, que conforta.
Vi que ela faz planos, e vi medos que a travam e impedem de planejar mais.
Passei uma hora refletindo. Pensando como consegui esquecer de mim mesma durante todo esse tempo, a ponto de me olhar, e não me reconhecer. Passei uma hora olhando pra dentro e começando a plantar uma amizade com essa pessoa tão estranha pra mim, e tentando conhecê-la aos poucos e tentando fazer com que ela confie mais em mim.


[K]


 

fragmento.








Porque a fé esmaga a dor.


[K]



fragmento.




Vou sorrir. Porque meu sorriso é o que ele gosta mais.

[K]


fragmento.





Porque às vezes tudo que eu queria era voltar para aquela tarde de ceu cor de rosa.


[K]

fragmento.








Vive, menina. Vive. Porque o tempo cura. E traz pra vida da gente um motivo maior pra seguir. Acredite. O passado não tem volta. E nada dói pra sempre.


[K]

fragmento.








Tem uma vida toda pela frente, menina. 
E sua vida será muito mais do que um momento bom.


[K]



Não tinha mais o que perder. Então, só tinha a ganhar.
Atitudes tomaram o lugar dos sonhos. E ela finalmente colocou os pés no chão e se pôs a caminhar. Sem olhar pra trás.


[K]

sábado, 23 de abril de 2011

Depois da chuva.






É que eu não sou uma pessoa paciente. Essa coisa de espera, definitivamente, não é pra mim. Até posso querer, mas esperar só se for vivendo muito bem.
E vivendo bem, eu corro o risco de não querer mais.
Ando pensando tanto. Como nunca! Às vezes me sinto em um exílio, com papel, caneta e pensamentos borbulhando.
Eu sempre pensei demais. Fantasiei muito. E isso já me fez perder tantas coisas... (Ou não?)
Perder é tão relativo, né? Conforme o que acredito (e a vida me ensinou), tudo é escolha. Tudo é fase. Aprendizado. E tudo passa. E muitas vezes, volta! Por isso, aprendi a não comemorar antes do tempo. E antes do tempo é sempre, todos os dias, enquanto o tempo não acabar.
Eu penso que, quando a gente não se importa mais com alguém, a gente ignora, e se não conseguimos ignorar, é porque de alguma forma aquela pessoa nos incomoda.
E o maior passo em falso que alguém pode dar é demonstrar insegurança. Aprendi isso também. E aprendi verdadeiramente, a ponto de não repetir mais. E de sentir pena de quem demonstra desesperadamente seu medo. Até entendo. Mas sinto pena.
Já me vi dia após dia tentando tomar coragem pra abrir mão de algo, e quando ele se foi, doeu tanto! Mas sabe quando parece que dói mais não ter tido coragem antes? Ficou inacabado. E na minha vida, tudo precisa ir até o fim. Por isso sei que um dia, vou lá terminar o que comecei. Tenho essa certeza. Coisas inacabadas não me deixam sossegar direito.
Mas eu ando tão em paz. Eu sei, todo mundo diz que eu sou a contradição em pessoa.
Será que é porque sou geminiana? Sei lá se eu acredito nisso.
Sei lá o que eu quero pra mim, de verdade. Eu sei é o que não quero mais.
Pra mim as coisas só acabam quando não existem mais dentro de mim.
E tantas coisas acabaram nesse ano que ainda nem está na metade.
E nada recomeçou ainda, ou talvez, eu mesma tenha recomeçado.
A me ver de uma forma nova. A acreditar em mim. A entender que nem tudo é permanente, e nem tudo o que tem que ficar fica! E vi como eu sou capaz de marcar as lembranças de alguém. Mesmo que não seja pra sempre. Mesmo que não seja pra agora. Vi como minha intensidade me faz ficar de alguma forma na vida das pessoas, mesmo que elas não fiquem na minha.
Anos em meses. Parece que foi assim. E isso ninguém esquece, né? Eu sei, eu sei. Nisso que ele falou, eu acredito muito.
E quando as pessoas me diziam que nunca o tinham visto daquela forma, se doando tanto, tão inteiro, era bom ouvir. Mas eu já sabia. Todo mundo dizia. Não eram algumas pessoas, entende? Mas eu enxergava isso. Nem precisavam me dizer, só não enxergava quem não queria.
Tem coisas que não são pra agora, sabe? Mas por mais doidas que pareçam, a gente sabe que são pra um dia. Não precisa parar pra esperar. Elas acontecem porque tem que ser.
Nesse momento, eu não quero nada. Quero continuar assim, refletindo, me conhecendo, me entendendo, e jogando fora tudo que não presta mais, que não acrescenta. Revirando minha alma, encontrando sentimentos há tempos perdidos, mas que faziam de mim uma pessoa mais forte e resignada aos perrengues da vida. E tenho descartado coisas que só me fazem regredir. Essa mania de me boicotar, de amar demais e não deixar que me amem da mesma forma. Não acreditar no que é tão óbvio. No que todo mundo vê, menos eu, e minha mania de não aceitar a felicidade.
Sério, minha ex-terapeuta me disse isso. Que eu não aceito a felicidade, por medo de perdê-la. E perco. Sempre perco.
Mas agora tem a fé que me move, e a crença de que a vida vai me dar outra chance de fazer diferente.
Ah sim, pode deixar, eu vou me cuidar!


[K]








"Mas não sou completa, não. Completa lembra realizada. Realizada é acabada. Acabada é o que não se renova a cada instante da vida e do mundo. Eu vivo me completando... mas falta um bocado."

[Clarice Lispector]


.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

você tem você.



Você tem todos os dias pela frente.
E os momentos lindos que ficaram pra trás, mas são seus!
Você tem o sol, e o vento que balança seus cabelos e refresca seus sonhos.
Você tem sua história, que te trouxe até aqui. E você veio em pé!
E mesmo com o coração cansado e a sua mente que te detona mais do que qualquer coisa real, você sobreviveu.
Agora é hora de viver!
Sorrir mais, (se) amar mais, sonhar ainda mais e realizar todos os dias.

Simplificar e acreditar no tal tempo que sempre colocou tudo no lugar pra você.
Olhar pra dentro e encontrar lá todas as respostas, e toda a paz que mais ninguém pode te dar.
Deixar de se boicotar, e viver o agora, que é mais seu do que nunca, com toda a liberdade pra buscar novos momentos lindos, novas inspirações e começar a usar toda a força que os tombos da vida fizeram você ter.
É hora de parar de querer e SER.
Colorir seus dias e enfeitar os pequenos momentos, os fazendo eternos, ao menos nas lembranças.
Pinte de rosa seu amanhã, sendo feliz hoje.


[K]

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Nostalgia.




Quantos momentos lindos você tem pra contar?
De sorrisos, abraços e carinho...
Quantos sonhos você construiu e realizou...
E mesmo que esses momentos não tenham sido eternos, você poderá guardá-los pra sempre, e tirá-los do baú sempre que a tristeza bater...
Os passos na areia, o barulho do mar, as noites em claro, as músicas que lembram você e mais ninguém, alguns dos dias mais lindos que você já viveu, e que, em algum lugar do tempo continuarão vivos.
As palavras que adoçaram sua alma, e que ninguém precisa saber, basta que você lembre.
Não tem como esquecer. Ninguém vai esquecer. E mais do que isso, não tem como lembrar sem sentir nostalgia.
Momentos assim, ninguém tira de você, mesmo que tentem, que se incomodem, que se doam com eles, eles são imutáveis, e seus.
E em alguma parte da sua história, eles estarão lá, fazendo barulho nas suas lembranças.


[K]

:)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Abandona!





Pra que procurar o que dói, se entre tantas coisas feias, que mancham seus dias, sempre tem o dia de amanhã pra recomeçar e mostrar que tudo passa!?
Pra que olhar pra sombra, quando se tem o sol?
Meus dias tem sido calmos, sem grandes acontecimentos, mas em paz.
A paz que há muito eu não sentia. Com a autoconfiança há tempos perdida.
Os sonhos de sempre. A mesma fé no amor. Mas uma fé nova em mim.
Porque o fim sempre me traz a vontade de um recomeço.
E enquanto algumas pessoas optam pela dor, eu sigo colorindo minha vida com sorrisos,  abraços sinceros e permanentes.
Das coisas que ficam, aprendi não abrir mão.
E com as pessoas que realmente valem à pena, aprendi meu real valor.
Sentimentos antigos, pessoas que pensam com o ego e não com a alma, dores velhas que não me levam a nada, mágoa, sofrimento, rancor...Abandonei.
Porque a vida é linda demais, e tem gente demais no mundo, com as melhores vibrações, pra eu perder tempo com o que não acrescenta.
Se algumas coisas te tiram a paz, abandona!


[K]

Porque eu não sei aprisionar sentimentos.




Quase da mesma forma que não sei aprisionar amor, paixão e saudade, não sei aprisionar a raiva.
Gente, às vezes dói não poder olhar nos olhos de determinadas pessoas e dizer tudo o que penso.
Vomitar na cara delas todos os nós que tenho na garganta e voltar pra casa flutuando. Leve!
Não respeito gente que fala o contrário do que pensa, e que faz justamente o que critica.
Não tolero pessoas que usam pessoas, e cuidam dos sentimentos dos outros somente enquanto convém.
Depois? Ah, bola pra frente, vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir...blá blá blá!
E os que jogam seus erros nas costas dos outros?? Hombridade mandou lembranças.
E os que comemoram derrotas alheias?
E os que não guardam segredos, por falta do que falar?
O que é nosso volta? O que é nosso permanece, cativa e cultiva.
E só quem não se valoriza o máximo possível, pra ser deixado de lado, ignorado e dispensado e ainda sim, parar sua vida esperando o que é “seu” voltar.
Não deveria ter ido nunca. Concordo. Pra mim, semelhantes se atraem e se merecem.
Sim, tem mágoa no meu texto.
E não, minha vida não é uma mar de rosas. Mas minha consciência é limpa. E minha alma um blog aberto.
Se me exponho demais?
Que culpa eu tenho se ninguém nessa vida me inspira mais do que eu mesma?

[K]

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Fragmento do que me fez sorrir hoje.







"Eu juro que ainda penso. Na gente, no que passou ou até no que pode vir a acontecer um dia. (...) Tem coisas que eu queria explicar, mas não acho justo e nem faria mais sentido agora.
Assim como não foi certo te pedir explicações.
É bom ver você feliz. Embora me incomode um pouco as vezes.
Você merece. Desculpa não ter sido o que você esperava. (...) Você me fez muito feliz."




R: Felicidades, baby. Muita.




(Uma pessoa vai entender e basta. Mas é lindo ler isso de alguém que quero tanto bem)



domingo, 17 de abril de 2011





Amor que transborda e se derrama por aí, sem sobrar um pingo que seja pra guardar pra sempre e adoçar minha vidinha pacata.
AMOR, em #capslock, amor e ponto final. 
E fim. Era uma vez o amor.
E as lembranças ficam enquanto dói. E elas permanecem porque minha memória é infalível.
O que foi tudo aquilo que virou nada? Qual o nome do que restou?
E as músicas que não consigo mais ouvir. E os filmes que eu queria ver de novo. E a saudade, quem inventou? O que você sentiria se voltasse aos “nossos lugares”?
Um dia vou lá de novo. E não vai ser igual. Nunca é! Lembra a segunda vez? Tentamos repetir o encanto. Não conseguimos.
Encanto se quebra. Amor acaba? Acabou. 
Não sei se foi o fim, mas recomeço.

[K]

pensando alto.





"Queria tanto que você sentisse o mesmo..." ele disse, quebrando o silêncio.
E no que eu estava pensando?
Estava tão longe naquele momento.
Olhando pra dentro. Refletindo sobre como as coisas mudam da noite pro dia, e como nossa cabeça pode fazer com que tudo pareça mais difícil, ou não.
Eu não tinha resposta. Aliás, tinha todas as perguntas do mundo.
E o que ele me disse depois me fez entender que meus olhos me entregaram.
“Não precisa dizer que sim, foi um desabafo.”
Queria tanto dizer sim. E nada (real) me impedia. Meu Deus, como eu queria dizer sim, mas dizer com toda certeza do mundo.
É tão bom ter alguém tão especial me querendo. Me querendo com o coração.
Mas não costumo fazer da vida um rascunho. Não uso pessoas. Não desperdiço sentimentos. Não! Eu não disse nada, e ainda penso a respeito.
Mexeu tanto comigo aquela frase. E é tão cedo. E eu preciso saber onde estou pisando, pra não pisar em falso e levar outro tombo.
Engraçado é que só de pensar em me ver sem ele, sinto um certo medo.
Mas prefiro perder antes de ter.

Esperando surgir a tal certeza. (e que seja um sim.)



[K]


"E se eu te olhar cem vezes, acredite, em cada uma delas estarei me apaixonando um pouco mais." (CFA)

sábado, 16 de abril de 2011

acreditando.





Dizem que decepções amorosas endurecem a alma da gente.
Nos primeiros dias eu jurei pra mim que não amaria tanto, não confiaria tanto e não me entregaria demais.
Mas isso ficou lá nos primeiros dias.
Cá estou eu novamente, buscando inspiração nos pequenos detalhes e nos momentos mais simples.
Nos olhares e abraços despretensiosos, e nas palavras de duplo sentido.
Não tem jeito. Essencialmente, essa sou eu.
Seria contraditório respirar poesia, e deixar de acreditar no amor.


[K]


"Eu sou poeta e não aprendi a amar..."

(Bobeira é não viver a realidade...)



Eu gosto quando o sábado chega chuvoso, e amanhece sem que tenhamos vontade de sair da cama.
Eu encosto meu pé no seu, e sem abrir os olhos você sorri.
Chego mais perto, pra poder sentir seu cheiro e você se vira, me abraça e me beija na testa.
Eu deito em cima do seu braço, e isso não parece te incomodar.
Eu durmo assim. Você também.
Isso pra mim é a mais pura materialização da (nossa) paz.

[K]


pra ela. ♥




Eu queria te colocar no colo, te contar histórias e te fazer dormir.
Queria te proteger do mundo, e te apontar o melhor caminho, mas infelizmente, eu o desconheço.
Queria te oferecer um abraço em todas as más horas, e te arrancar ao menos um sorriso por dia.
Quero te ver sempre feliz, e gostaria de colaborar pra que essa felicidade aconteça.
Sei que vou me emocionar muitas vezes ainda (além do dia da tua formatura), olhando a mulher linda que és e lembrando da garotinha brava que foi um dia.
Mas sempre, sempre linda.
Dia desses, me disseram que devo me orgulhar muito de ti.
É justamente esse meu sentimento.
De orgulho.
Pelo caráter.
Pela beleza. (principalmente a interior)
Pela maturidade.
E todas as outras qualidades que tens, que enquanto uns insistem em fingir que não vêem, eu faço questão de ressaltar.
Não precisas de felicidade por vingança, por jogo ou pra mostrar pra quem quer que seja que és feliz. Tu buscas tua felicidade pela paz.
Tu queres as coisas com o coração.
E tu vives de uma forma que só faz com que eu tenha orgulho, e te admire de verdade.
O tempo de Deus, não é o nosso.
Isso eu aprendi e vou levar pra vida.
E sei que pensas da mesma forma, e entendes, e continuas seguindo, de consciência tranquila, e coração mais tranqüilo ainda.

Sorte de quem te tem por perto, e vai poder ter pra sempre.
Sorte minha, que fui escolhida pra ser tua irmã.
Sorte a nossa, porque nosso amor é de verdade. E isso ninguém muda.

Te amo.


E tô aqui. 

Sempre.



[K]


“Para todo fim, um recomeço.”



sexta-feira, 15 de abril de 2011

abraçando o que me faz sorrir






E nós vamos à padaria, como quem sai pelo mundo, sem data pra voltar.
E eu alterno entre a felicidade em função de novos sentimentos e a vontade de fugir deles.
E todas as minhas frases começam com um “e se...” enquanto seus olhos me acalmam quase falando que vai ficar tudo bem.
E sempre fica.
Cada minuto ao seu lado têm sido reconfortante.
Isso não vai dar certo, eu digo pra mim mesma.
Eu sempre disse isso, e nunca deu certo.
E se eu falar que vai dar e não der? E se...
Parece que todo mundo já sabe. Que me lêem por dentro!
E dessa vez, quem não acredita é você. E eu entendo. Como entendo.
Mas as vezes, acreditar em coisas boas faz tão bem...queria te dizer isso, mas ainda é cedo.
Espero tomar coragem antes do tal “tarde demais”...


[K]



15.





E nasce mais um dia. E eu sinto cheiro de encanto.


[K]

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sempre passa. (E todo mundo me avisou)




Quando ta doendo, eu nunca lembro que um dia para de doer...
E mesmo que eu lembre que já passei coisas parecidas (ou piores) outras vezes, sempre acho que a dor do momento é insuperável.
É feio admitir que dessa vez doeu pra caramba?
É errado admitir que sofri muito, e achei que sofreria por muito tempo ainda?
Mas parou de doer. De verdade!
Durante semanas eu quis muito escrever sobre isso! Mas queria que fosse real, que viesse do coração cada palavra a respeito dessa dor, que já não existe mais.
Ela virou aprendizado, maturidade, e me fez refletir sobre cada momento que passei em função dela.
Agora já consigo olhar pra trás, e ver que, apesar do que sofri, valeu muito à pena o que veio antes.
Foi lindo! LINDO!
Intenso, e inesquecível, com certeza!
Se acabou? Quem pode falar em fim, quando sabe que a vida vive surpreendendo?
Mas a Karla que eu era antes, não existe mais...
Tem uma Karla em construção, e a cada minuto eu penso em como terminá-la.
Certas coisas, que me incomodavam tanto, me fazem até rir agora. Rir de mim, e até dos outros.
Pensar em como perdi tempo com tão pouco, ou quase nada!
Mas só assim pra aprender. Conforme o que acredito, espiritualmente falando, dor é aprendizado.
E eu não tenho mais dúvidas disso.
Ainda acredito nas pessoas.
Em boas intenções. Em cuidado com o sentimento dos outros.
Porque se eu sou assim, se sei valorizar quem eu amo, e cuidar desse amor, com certeza existem outras pessoas que pensam da mesma forma.
Deixei pra trás tudo que me fazia mal.
Tudo que estava dentro de mim, que fazia com que eu me boicotasse e não me permitisse.
Deixei pra trás todos que não me acrescentam coisas boas, e não fazem meus dias serem um pouco mais bonitos.


[K]


"Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade. A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções."


(Prometo que meu próximo texto vai ser mais feliz! ;D )



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