E de repente, eu tive que acordar com a vida bagunçada, a mente cansada e o coração bem triste.
Tive que rever atitudes, controlar pensamentos que me matavam de tristeza e ansiedade.
Ao mesmo tempo em que eu acordei odiando aquele momento, aquela ‘nova vida’, aqueles sentimentos que só faziam doer cada parte da minha alma, eu acordei com uma necessidade enorme de me amar mais, me valorizar mais, e ser um pouco mais egoísta e orgulhosa.
Um ciclo se encerrou na minha vida, e se antes eu não aceitava e não me conformava, hoje eu vejo que foi o melhor pra mim.
Tantas vezes, sem coragem, eu tentei chegar até aqui, e tomar essa decisão que outra pessoa precisou tomar e me doeu tanto.
Agora eu enxergo tantas coisas...
Tenho buscado tantas coisas pra me sentir mais feliz, e mais leve, e mais eu outra vez.
Tenho me ajudado tanto. Me esforçado tanto. Tenho plantado, com paciência, tendo certeza que colherei coisas muito mais bonitas dessa vez.
Enquanto pessoas se preocupam em ser feliz por vingança, eu busco a felicidade pela paz.
Tenho mais consciência de quem sou, do que eu quero, e toda certeza do mundo sobre o que não quero mais.
Vou seguir devagar, sem me forçar a nada, sem me boicotar, me sentindo mais forte a cada passo, a cada dia, e a cada pensamento ruim que é substituído pela certeza de que tudo vai ficar bem de novo.
Eu não olho pra um futuro muito distante, mantenho meu olhar no agora, no hoje, um dia de cada vez em busca do que realmente pode me fazer me sentir em paz comigo mesma, e me ajudar a resgatar minha autoconfiança e a acreditar que algumas pessoas sabem sim respeitar os sentimentos dos outros e cuidar verdadeiramente de quem lhe quer bem.
E eu sigo assim, plantando verdade, pra colher as coisas boas e simples da vida.
[K]
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