Todo mundo dizia que ele nunca foi com outra, o que era com ela.
E ele dizia a mesma coisa. E tantas outras bonitezas de se ouvir. Demonstrações públicas de um afeto que transbordava.
Eram tão diferentes, e se completavam mesmo assim.
Tipo encaixe perfeito. De bocas, de quadris e de vontades.
Tipo encaixe perfeito. De bocas, de quadris e de vontades.
Ela bossa nova, ele rock and roll.
Ela Florbela Espanca, ele Friedrich Nietzsche.
Ela Florbela Espanca, ele Friedrich Nietzsche.
Ela intensidade, ele equilíbrio.
Ela poeta, ele inspiração.
O tempo que cura, também afasta. As diferenças que completam, também minam um relacionamento.
A poesia virou rotina, as palavras bonitas faltaram, o que era doce, realmente acabou.
Ele ausência. Ela silêncio. Os dois, saudade.
Karla Tabalipa
Karla do céu que texto LINDO! Me identifiquei, me arrepiei, me vi aí nas suas palavras! Eu sou sua fã e não nego! Seus textos me tocam demais!
ResponderExcluirMeu Deus! Você consegue escrever cada diia MELHOOOOOOOR! Fico encantadaa!
ResponderExcluirMuito lindo *-*
Você é de mais!
'O tempo que cura, também afasta.'
É lindo a gente se ver nas palavras do outro, não acha? Mas o mais interessante é ver como há realidades semelhantes, detalhes completamente iguais e que a gente acha que só acontecem com a gente. Quantas delas amam Florbela e eles Nietzche?
ResponderExcluirLindas suas palavras...
Não só essas, sempre ando por aqui lendo e me encantando com tudo. Mas esse texto foi agora um espelho de um passado que tbm me pertenceu.
Abraços,
Juliana.