sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Só um texto rabiscado no meio do tédio.





E agora ele é só um número. Uma tentativa de recomeço que não deu certo. Um texto rabiscado no meio do tédio. Talvez um aprendizado do que espero não mais viver. 
Cartas rasgadas, e-mails deletados, poemas que perderam o sentido. Fotos que nem sei onde guardei.
Quem diria que a poesia te traria pra mim, e logo depois me salvaria da dor de não te ter mais aqui. E aí passou. E levou junto minha vontade de me doar inteira, meu desejo de voar sem medo da queda. E eu aqui, escrevendo de novo sobre o que não somos mais. Mas agora são só palavras, não tem sentimento, nem saudade, nem querer, e nem ressentimentos. É só uma constatação de que quase nada dói pra sempre. Aprende, menina, aprende.
Quem diria: alguém que me parecia essencial, hoje não tem mais espaço na minha vida. 



K

7 comentários:

  1. No fundo, a gente sempre sabe quando acaba, quando desaba, quando dispersa no ar feito fumaça. A gente sempre reconhece uma partida, digo, das partidas que permitidos deixar que aconteçam dentro da gente, por mais que já houvesse partido desse lado de fora. Quando enfim, (nos) libertamos e (a)guardamos, mesmo que sem querer, que a mesma partida se torne volta sem ida.

    Nostálgico e lindo.

    Karla, beijo na alma,
    Sam.

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  2. Estava pensando sobre isso ontem, a gente ama, a gente voa, a gente desama e a gente pousa ou caí, mas é como você falou nenhuma dor dói para sempre. Mas uma coisa é certa com isso a gente aprende, supera, se blinda e se fortalece.

    www.eraoutravezamor.blogspot.com

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  3. Uma coisa à dizer: triste quando termina. Página virada.

    Beijinho, MF.
    Palavras e Silêncio

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  4. Sentimento se declara e também se leva de volta.

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  5. Venho deixar um abraço imenso e retribuir o carinho, seja por tantos anos, ou por alguns dias. Mas principalmente, pela troca e bonitezas que surgem e dos amigos que conquistamos e que no fundo, no fundo, não são tão virtuais assim...

    Tem um presente pra você aqui: http://ancoradanoriso.blogspot.com.br/2013/03/vasto-coracao.html

    Espero que se sinta num abraço e que goste.
    Deixo o meu carinho.
    Beijo na alma,
    Sam.

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  6. Karla, recomeços são sempre meios que, ou nos salvam ou nos ma(ltra)tam de uma vez. É como ralar joelhos em meio as pedras e ainda assim, continuar a se agarrar àquelas que já rolaram sob nossos pés. Me sinto num momento parecido - desaparecido de mim mesma, até.

    Beijo na alma,
    Sam.

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