sexta-feira, 9 de setembro de 2011

do que restou.





Aí ele foi embora da mesma forma que chegou: revirando o coração e o estômago, fazendo o mundo girar mais devagar, bagunçando minha vida, me tirando a paz.
E se isso parece drama, é porque você não viu a bagunça que fiquei por dentro quando ele partiu.
Porque ele foi, e a saudade ficou, e ficou gigante, ocupando todos os espaços do meu pensamento cansado. De tanto lembrar, de tanto querer, de tanto apanhar.
Foda-se o tempo que cura, o mundo que gira, as janelas que se abrem quando a porta se fecha.

Foda-se se ele não me merecia, com todas as suas mentiras e juras da boca pra fora.
Dane-se essa liberdade vazia. Eu era feliz quando morava no peito dele.
E fui despejada sem aviso prévio. Ou vai ver o aviso chegou e se perdeu na desordem que andava a minha vida.

Queria tanto que ele voltasse. Nem que seja pra buscar o que restou quando ele se foi, mas ainda o pertence.

Eu e esse amor que não morre nunca.


[E entre tudo que ele poderia ser pra mim, ele escolheu ser saudade.]




Karla Tabalipa



2 comentários:

  1. Eu li mentiras? juras da boca pra fora?
    você merece uma verdade que te tire da realidade e te ensine a voar...amor que faz chorar é sentimento se afogando.

    beijo minha linda

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  2. Aff, eu chego a ficar sem o que dizer, é porque nem eu sei o que falar.
    Você escreve bem de mais! Cada dia mehor, babe (assim que você fala não é?! rs ) ADORO!

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