quarta-feira, 5 de outubro de 2011

“Pensa em mim, que eu tô pensando em você.”




Penso em você. Penso nas ondas que molham seus cabelos, a brisa que sopra em direção ao que ficou de nós.
E o que ficou foi muita saudade. Uma falta absurda.
Falta você nos meus planos mais simples.
Falta você nas viagens de férias, nas brincadeiras, nos dias de inverno.
A piscina está vazia e grande demais depois de nós. Eu fiquei com todas as lembranças bonitas.
Guardei sua camiseta azul na minha segunda gaveta.

Eu guardo você nas minhas lágrimas contidas.
Estou escrevendo em cima daquela manta que você gostava de se cobrir quando assistíamos Filmes Europeus aos finais de semana.
Você mudou de cidade, mas levou nossa história. Eu costurei meu peito, fui forte. Sorri para não me trair .
Apesar de todas as forças negativas que pairavam sobre nossa felicidade.
Apesar de todo o ódio gratuito por parte de pessoas próximas, nossa admiração e carinho só cresceram.
O tempo já se encarregou de secar as ervas daninhas. A lei do retorno é infalível.
Pense em mim quando olhar o mar. Penso em você a cada pôr-do-sol.


Porque eu não tenho idéia do que fazer com as lembranças que você deixou, na cabeça, e no corpo, que ainda sente cada toque seu, e cada beijo que trocamos vendo aqueles filmes que você chamava de ‘água com açúcar’, enquanto jurava que era pra sempre.
Mas eu as guardo, porque são as coisas mais lindas que tenho pra lembrar, e acreditar em amor de verdade. Os passeios na orla, as fotografias onde estamos com cara de amor eterno, as conversas de msn, que não leio pra não doer. Mas nem precisa, porque lembro de cada frase que você me disse, naquelas madrugadas onde eu fazia questão de esquecer que existia mais alguém no mundo, além de nós dois.


Saudade, que vem e vai. Do que foi e do que nunca veio. Um risco no céu, uma estrela cadente, um amor que nunca cresceu. Um amor que não terminou, outro que nunca deu sinal. Saudade do que fui, do que não consegui ser com você. Saudade daquilo que me rodeia de longe, saudade dos laços que diziam ser eternos, dos sonhos que se foram antes que o dia raiasse e dos percalços bobos com gosto de hortelã. Saudade da menina que chorou com medo, saudade do avesso e da ladainha que me vence toda noite, na prece, no meio, no fim e por tudo que ainda me lembra amor.




Ju Sfair / Ju Fuzetto / Karla Tabalipa

Um comentário:

  1. Que lindo, a primeira vez que vejo tua parceria. e que parceria hein?! Não poderia ter dado coisa melhor.

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