quinta-feira, 27 de outubro de 2011

última vez





E aí a gente fica com o coração cansado, e apertado de tanta mágoa, e repete mil vezes em frente ao espelho: não vou amar de novo, não vou amar de novo. E um dia a gente acorda e sai por aí, e acaba esbarrando no sorriso mais lindo do mundo, e no melhor abraço e nas promessas com cara de verdade. E aí a gente esvazia o coração, joga fora as mágoas e pensa: só mais essa vez. E vai ser pra sempre, eu tenho certeza. E aí a gente acredita, e quer tanto, e pensa tanto e ama tanto. E acorda pensando e dorme querendo. E sonha. Dormindo. Acordada. 
Fica tudo mais bonito. A gente toma banho cantando, e o caderno da faculdade se enche de coraçãozinho. E a gente muda o perfume, muda o cabelo, muda a alma de casa.
Se pega suspirando. E pensando, pensando, pensando.
E qualquer casal andando na rua de mãos dadas, é a coisa mais linda que a gente pode ver no mundo.
E aí, de repente, do nada, de um dia pro outro, um dia qualquer, decidimos que felicidade não é desse mundo. E pisamos no nosso castelinho feito de sonhos e demolimos todas as fantasias que criamos dele. Riscamos o nome dele da agenda. Bloqueamos no msn. Deletamos do facebook. E aí a gente olha no espelho outra vez e pensa: Agora chega. Foi a última vez.



Karla Tabalipa

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

do verbo esquecer.

Para ler ouvindo




Eu poderia tentar explicar esse meu jeito, assim, de te querer tanto e falar que não quero mais, de mandar mil mensagens na madrugada, mesmo sem resposta. De sentir tanta saudade, e uma vontade gigante de ir correndo te ver, e ser mais sua do que nunca.
Queria que você aceitasse essa minha loucura toda, essa vontade urgente de fazer acontecer, de verdade e pra sempre. E ainda sim, estragar tudo.
De passar a noite acordada pensando em você, e esperando uma ligação que nunca chega...
De sentir o coração apertado, lembrando quantas vezes você ligou e eu perdi a ligação, assim, meio sem me importar. Hoje eu fico grudada no celular, esperando que isso aconteça...


Queria voltar no tempo e fazer diferente, aprender a te gostar com calma, aceitar seu jeito horrível de bajular toda menininha que te diz oi.
Odeio todas elas. Porque elas podem te dar oi e ter resposta. Odeio mais ainda você, por ter me feito gostar assim... E pra que?
E quantas vezes eu pensei em nós dois e um mundo só nosso? Coração e quadris no mesmo ritmo. Ser-pra-sempre-tua em algumas horas. Quantas vezes eu sonhei com aquela paz que vem com o depois. Respiração e coração acelerados, vontade que não acaba. Sacanagem e doçura.

‘Falo mentalmente’ mil palavrões quando penso no quanto já sou tua. Quando me pego comparando com você, os caras que vem tentar algo comigo.
Nenhum deles é tão seguro de si, nenhum tem esse ar meio arrogante que você tem quando acha que está com a razão. Nenhum deles me liga de madrugada, depois de beber, e diz que gosta de mim mais do que eu imagino. Nenhum deles me diz, com um milhão de palavras, tudo o que você me diz nas entrelinhas, e me toca como há muito muito muito tempo ninguém tocava.
V O N T A D E: De te ter pro resto da vida. De te esquecer pra-nunca-mais.

A palavra da semana é esquecer. Esquecer que dói, esquecer que faz falta, esquecer sua risada, assim meio sem jeito, quando eu tentava mudar de assunto, te tirar do sério, te pedindo pra parar de brigar comigo. Esquecer que você tentou tanto e eu só fugia, e dizia não pro coração.

Esquecer que um dia aconteceu, pra não lembrar que agora acabou.


Karla Tabalipa

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Felicidade? É isso, babe.



Percebi que aos 30, alcancei algo que nunca pensei que conseguiria.
Ser feliz sozinha. Sem condicionar minha felicidade a alguém.
Algumas pessoas olham uma mulher e pensam: não tem namorado, não se realizou ainda.
Pois tem milhares de coisas que eu preciso alcançar pra me sentir uma mulher realizada, mas namorado, acreditem, é uma das últimas necessidades que tenho agora! (Se é que tenho essa necessidade agora.)
Tem gente que vai dizer que isso é papo de mal amada. Pois eu acho que chamar de mal amada, quem consegue ser feliz sozinha é papo de gente que não sabe ser feliz. E ponto.

Colocar a felicidade nas mãos de uma pessoa que pode ir embora, definitivamente, eu não faço mais. Isso se chama maturidade. Me basto pra ser feliz. 
Gosto de ver meu filme preferido sozinha, e mais de uma vez! (Com brigadeiro, pipoca e refrigerante, sem ninguém dizendo que vou engordar.)
Ficas horas lendo um livro, ou sair pra caminhar por aí e pensando na (minha) vida.
Sair a noite com a roupa que eu quiser, reagir diante dos amigos da forma que eu quiser, olhar pra todos os lados e parar os olhos em quem eu quiser.
Mas não só isso. Tem algo mais que eu não sei explicar. Talvez porque ainda esteja percebendo a delícia de ser feliz sem depender de.
Aprendi que ‘para sempre’ não existe, e consigo lidar com isso. E aprendi a aceitar o ‘nunca mais’, apesar de saber que essa certeza também ninguém pode ter.
Aprendi a caminhar com calma, sem ir ao encontro de nada, além de mim mesma.
Porque muita gente pensa que felicidade está em algo ou alguém, ou lá no futuro.
Felicidade é agora, agorinha! Por exemplo. Eu estou escrevendo e isso, pra mim, vale mais que terapia. Me traz paz. É um momento feliz. Porque felicidade e paz estão diretamente ligadas. Eu consigo ver a tal felicidade em mim, nas minhas escolhas que não dependem de ninguém pra acontecer. Não preciso de alguém pra me fazer bem, porque eu aprendi a fazer isso sozinha.
E acho que todo mundo tem que buscar isso. Principalmente as mulheres. Acho que fomos criadas pra pensar que, pra ser feliz, a gente tem que encontrar o tal príncipe encantado. E aí, babe, ferrou. Porque (jura?) ele não existe.
Acho o amor lindo. E ainda acredito nele, apesar dos tombos.
Só acho que não fiz a escolha certa e ponto. Mas acredito em homem de caráter sim. E dizer que nenhum homem presta, aí sim, é papinho de mal amada.
Vejo casais felizes, vejo histórias lindas de amor e acredito que quando eu decidir viver uma, ela vai ser bem desse jeitinho.
Com os caras que passaram por mim, aprendi o que eu não quero de uma relação.
E aprendi que ser solteira é lindo sim. E acho que é a real felicidade. A que vem aqui de dentro e ninguém pode levar embora quando cansar de mim.
Me enchi de fé. De boas energias. De amor próprio. Aprendi a querer bem a única pessoa que pode me fazer feliz de verdade e pra sempre: Eu mesma!
Desejo que todo mundo encontre isso, cada um no seu tempo.
E esse texto não era pra ficar poético. Só queria mesmo era falar de amor mais uma vez. E falar do amor próprio, quando ele existe mesmo, é lindo!
Lembrei daquela música: Desejo que você tenha a quem amar...
E você tem! Se ame!



Karla Tabalipa



domingo, 16 de outubro de 2011

a c a b o u




Acabou. E eu não falei metade do que eu penso e sinto.
Não contei sobre as vezes que eu planejei nós dois. Caminhando aqui mesmo, na rua de casa, indo ao mercado, à padaria, ou até o céu.
Das vezes que eu fiquei imaginando o momento em que você me diria ‘preciso de você’.
Não te contei quantas vezes eu li nossas conversas de msn, só pra ver se encontrava nas entrelinhas do que você me disse, um carinho diferente, um amor escondidinho, uma vontade de me ter pra sempre por perto, me chamar de sua e ser meu também.
Não mostrei os textos que escrevi e não publiquei, porque todo mundo notaria que era de você que eu estava falando.
Não te apresentei às minhas amigas. Não falei pro meu pai todas as suas qualidades, só pra ver a cara dele de aprovação. E ele te aprovaria. Tenho certeza.
Acabou e eu não disse a verdade. Que eu já te levo no peito, mais do que um cara que me enche de vontades e prolonga meu banho. Mais do que o cara inteligente e simpático, que todo mundo admira. Mais do que alguém que eu me espelho de alguma forma e sigo como exemplo. Um cara pra quem eu abriria as pernas e o coração, e dormiria abraçada a noite toda. (E o resto da vida) 
Alguém de quem eu cuidaria quando estivesse doente, e que me deixaria doente de amor. Desses que só curam com beijo e abraço apertado.
Não mandei trechos das músicas que me fazem lembrar você e mais ninguém.
Não falei pro mundo que meu coração tem dono novo, e que não existe ninguém igual a ele por aí.
Não falei no seu ouvido todas as sacanagens que juramos dizer um ao outro. Não falei te olhando nos olhos, todas as palavras que meu coração te pediu pra dizer.
Acabou porque eu achei que morreria afogada nesse medo absurdo de dizer tudo que eu sinto e ouvir que ‘não é a hora, não se iluda e deixa rolar.’
Acabou. Como todas as histórias que eu costumo escrever. 
Era pra ser conto de fadas, mas foi só um faz de conta.

Era-uma-vez-e-fim. 



Karla Tabalipa

sábado, 15 de outubro de 2011

coloRIMOS





Eu e um seu moço não dormimos e ficamos no msn inventando arte. 
Só pra ser divertido. Só pra passar o tempo. Só pra ser leve.
Segunda vez que fazemos isso. Porque ele me veio com essa: 



Feh diz (04:28):
*eu escrevo 3 palavras
*e vc escreve 3
*são 10 versos de 3 palavras
*não pode passar disso, e tem que ter um fim
*o primeiro verso é meu, e ele é morto, vc entender pq
*posso?

......................................................
EU - ELE

Era uma Vez




um menino que


nunca sonhava nada


todo mundo perguntava


Cores ao sonho


mas ele continuava


descolorido nem sonhava


O menino cresceu.


Então a conheceu...


...chegou trazendo cor.





[Meu Pedrinho vai gostar dessa]

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

e fazer valer.



Porque o bom é viver para desenhar na vida das pessoas, momentos lindos e dignos de serem lembrados pra sempre.


[K]

sobre a beleza do que passou.



Porque saudade é só uma lembrança bonita, pedindo pra acontecer outra vez.


[K]


Olhar pra trás, só se for pra lembrar do tamanho da minha força.


[K]

(suspiros)


Ele me beija a boca, e o corpo inteiro pede bis!



[K]

terça-feira, 11 de outubro de 2011

era uma vez e fim.




Ele passava o dedo pelo meu corpo, como quem passa o dedo no céu, recolhendo estrelas. E eu brilhava inteira, com o reflexo daquela vontade que acendia quando ele tocava em mim. Meus lençóis guardaram o perfume dele, e a minha memória fotografou aquele sorriso, para que eu nunca esqueça que a felicidade existe.
Andar pela casa com as minhas calcinhas coloridas, e te ver me chamando de ‘menina que nunca cresce, mas continua gigante dentro do meu peito’ não tem mais a mesma graça, e volta e meia provoca tristeza. Renovei meu estoque de meias cor-de-rosa, e de lágrimas provocadas pela falta que você faz.
Enchi as gavetas de sutiãs com lacinhos, e memórias bonitas.
Sua toalha ninguém usou, foi o que restou de você na minha vida. Junto com as cartas, as fotografias que eu nunca olho, e músicas que dói ouvir.
Quando eu ando na rua e o vento me toca, eu lembro de você suspirando, feliz com a temperatura agradável, nem-frio-nem-calor.
A comida do seu restaurante preferido não tem mais o mesmo sabor e o milk shake não é tão gostoso quanto era antes.
Quando outro toca minha pele, o coração não sente. Quando o outro vai embora, a saudade não grita. Quando o outro me abraça, meu mundo não fica em paz.
Mas eu segui em frente. Como a menina, que depois dos tombos, resolveu crescer e virar mulher.
Guardei as tristezas e esperas no bolso, engoli o choro e tratei de cuidar de mim, como você pediu, quando resolveu voltar a ser só poesia.



Karla Tabalipa

E a paz me encontrou.




Dona moça, me faz um favor? Não supervalorize os maldosos que te atravessarem o caminho. Não dê importância demais a quem perde horas do seu dia tentando borrar seu sorriso. Pise forte na maldade. Sem tropeçar, sem fraquejar. Junte todas as pessoas que te querem bem, te mandam boas vibrações e te enchem de paz, e esmague as más vibrações com o peso delas. Não aceite críticas de quem não conhece suas lutas diárias.
Não tolere julgamentos de quem não consegue ficar em paz diante do seu brilho. E brilhe cada vez mais forte, até cegar a energia ruim dessa gente que tenta ser feliz por vingança, enquanto você planta paz e esperança e colhe alegrias por merecimento.
Envie luz pra quem te calunia e deseja mal. Deseje fé em si mesmo, pra quem não consegue acreditar na felicidade que tanto diz estar vivendo.
Espalhe suas levezas e doçuras, desate os nós que o passado deixou e flutue.
Se algumas pessoas te desejarem o mal, deseje a elas amor. E felicidade o suficiente pra que vivam as suas vidas e esqueçam de uma vez por todas da sua.
Esquece essa gente pequena, dona moça. Não é todo mundo que guarda no peito, um baú feito o seu, cheio de inspiração, flores, cores e delicadezas.


Tem gente que transforma o que passou, em mágoa. Feliz é você, dona moça, que pega o que restou do passado e transforma em poesia.



Karla Tabalipa

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

sobre o que não foi.




Porque eu tranquei o que eu sinto, junto com a vontade de você e passei a ignorar os pedidos do corpo e do coração, pra te ter aqui.
E minto que não procuro, que não sinto falta. E forjo esse ar desinteressado, enquanto a vontade é de sentar na sua frente e dizer tudo que eu penso, quero, e sinto.
Porque mesmo sem saltar, eu já enxergo o tombo, e o medo de cair tem sido maior do que a tal vontade de te ter pra mim.
É medo. Do depois. Ou da falta dele.
De achar um nome pra esse sentimento, de gostar cada vez mais das suas indiretas em forma de poesia, e um dia, não me enxergar mais nelas.

Vontade. Antes a palavra da semana fosse só essa.


Karla Tabalipa

sábado, 8 de outubro de 2011

you give me feelings that i adore






Porque não foi nada, e já mudou tudo! E trouxe sorrisos e vontades que melhoram meu dia e clareiam minha alma. Porque ele some um minuto e eu sinto falta de uma eternidade. Porque é um sentimento sem nome, que aperta o peito e desperta um querer há tempos adormecido.
Carinho. Admiração. Poesia e vontade. Longe, mas dentro. 
É o tentar desistir e pensar ainda mais. É saber que não vai dar certo, e querer pagar pra ter. 
É tentar disfarçar o ciume, a insegurança, é ter uma vontade de gritar: Larga, larga tudo, vem pra mim! Venha, traga suas coisas, fique, te faço carinho, te faço jantar, te faço feliz.


E depois acontece o choque da realidade. Não te tenho, outras te tem, partilhamos da mesma vontade, mas não partilhamos nossos corpos na cama macia, não bagunçamos lençóis e nem acordamos vizinhos. Tudo culpa de uma distância ordinária. Ordinária assim como sou às vezes, espiando sua vida por entre caracteres, querendo achar algum indício que te faço falta, que você não é de outra. E assim, mentalmente peço paciência, não posso me mostrar como uma desiquilibrada, é que em algumas vezes o querer ultrapassa a razão e quando isso acontece, prefiro me afastar.

E mesmo longe tem muito de você em todo lugar que vou, em uma música que toca, em um rosto parecido, em uma frase solta, na vontade ao chegar em casa, tirar as sandálias e deitar na cama. E assim, percebo que você é a mais completa presença, mesmo na ausência e por isso , és tão especial. Perdoe-me minha falta de jeito algumas vezes, minhas birras e meus anseios, é no fundo, apenas disfarce, ou medo. É só por não querer deixar passar em branco, quem me traz tanta cor.


Karla Tabalipa e Lu

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

“Pensa em mim, que eu tô pensando em você.”




Penso em você. Penso nas ondas que molham seus cabelos, a brisa que sopra em direção ao que ficou de nós.
E o que ficou foi muita saudade. Uma falta absurda.
Falta você nos meus planos mais simples.
Falta você nas viagens de férias, nas brincadeiras, nos dias de inverno.
A piscina está vazia e grande demais depois de nós. Eu fiquei com todas as lembranças bonitas.
Guardei sua camiseta azul na minha segunda gaveta.

Eu guardo você nas minhas lágrimas contidas.
Estou escrevendo em cima daquela manta que você gostava de se cobrir quando assistíamos Filmes Europeus aos finais de semana.
Você mudou de cidade, mas levou nossa história. Eu costurei meu peito, fui forte. Sorri para não me trair .
Apesar de todas as forças negativas que pairavam sobre nossa felicidade.
Apesar de todo o ódio gratuito por parte de pessoas próximas, nossa admiração e carinho só cresceram.
O tempo já se encarregou de secar as ervas daninhas. A lei do retorno é infalível.
Pense em mim quando olhar o mar. Penso em você a cada pôr-do-sol.


Porque eu não tenho idéia do que fazer com as lembranças que você deixou, na cabeça, e no corpo, que ainda sente cada toque seu, e cada beijo que trocamos vendo aqueles filmes que você chamava de ‘água com açúcar’, enquanto jurava que era pra sempre.
Mas eu as guardo, porque são as coisas mais lindas que tenho pra lembrar, e acreditar em amor de verdade. Os passeios na orla, as fotografias onde estamos com cara de amor eterno, as conversas de msn, que não leio pra não doer. Mas nem precisa, porque lembro de cada frase que você me disse, naquelas madrugadas onde eu fazia questão de esquecer que existia mais alguém no mundo, além de nós dois.


Saudade, que vem e vai. Do que foi e do que nunca veio. Um risco no céu, uma estrela cadente, um amor que nunca cresceu. Um amor que não terminou, outro que nunca deu sinal. Saudade do que fui, do que não consegui ser com você. Saudade daquilo que me rodeia de longe, saudade dos laços que diziam ser eternos, dos sonhos que se foram antes que o dia raiasse e dos percalços bobos com gosto de hortelã. Saudade da menina que chorou com medo, saudade do avesso e da ladainha que me vence toda noite, na prece, no meio, no fim e por tudo que ainda me lembra amor.




Ju Sfair / Ju Fuzetto / Karla Tabalipa

terça-feira, 4 de outubro de 2011

do que vai ficar.



Claro que eu te amei. Não sei desde quando e até que dia.
Mas eu amei tantas vezes. Quando você sentava na cama e ficava me olhando dormir. E ria das minhas reclamações chatas quando tudo era cinza aqui dentro.
Do seu sorriso maroto quando me via de meia colorida e calcinha de algodão com estampa de florzinha.
E quando você dizia que gostava dos lençóis de coraçãozinho misturados com o edredom de zebra.
Quando você repetia em tom de deboche, as palavras que eu insisto em falar no diminutivo.
Saudadinha daqueles dias em que perdíamos horas entre cama e sofá, beijos e sorrisos.
Eu amei cada minuto ao seu lado. Quando a leveza morava na ponta dos seus dedos me fazendo carinho, me colocando pra dormir.
Quando o sol morava na ponta da sua língua, esquentando meu corpo, me fazendo acordar.
Eu sou apaixonada por cada dia em que você morou aqui dentro. Cada linha que você escreveu na minha vida. Cada texto onde a inspiração foi você, seu violão e seu abraço-melhor-do-mundo.
Amor-amigo. Amor-paixão. Amor-tesão. Amor-Amado. Meu Amor. 
Das pessoas mais lindas da minha história, você foi uma das mais importantes. Que vou carregar pra sempre. Na cabeça e no coração.



Karla Tabalipa 

domingo, 2 de outubro de 2011

evoluIR.




Ignorar. Abstrair. Fingir mesmo que não vi. Deixar certas pessoas pensarem que ganharam a briga, e em troca, ganhar a tranquilidade. Dar importância ao que é realmente importante. E acrescenta. E me faz só bem. Não entrar na dança da mediocridade. Do baixo astral. Das más vibrações. Ficar em silêncio quando não tiver a capacidade de disparar doçuras e delicadezas por aí. Humildade e capacidade de reconhecer erros, são qualidades que não se impõe a ninguém. São coisas que a vida ensina. Os dias, os tombos. Não vou tentar forçar. Exigir que todos tenham. Vou buscar corrigir meus defeitos. Tenho alguns que até criaram raízes.
Nem sempre conseguirei agir assim. Mas tentar é sempre um bom começo rumo à evolução espiritual. Em busca da verdadeira beleza de ser. Leve. E de bem com a vida. E carregada de boas vibrações. Plantar delicadezas, pra colher a paz. É só isso que eu preciso pra manter um sorriso de verdade. No rosto e na alma.



Karla  Tabalipa